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Brasil e Mundo - Notícias - Saúde e Bem-estar - 4 de março de 2013

Muito barulho dentro de casa pode prejudicar a audição

imagesAs pessoas parecem estar cada dia mais habituadas com o barulho, dentro e fora de casa. Resultado: estão aumentando os casos de surdez, e não apenas entre os jovens habituados a ouvir música com fones no ouvido. Em certos bairros, onde o nível máximo permitido é de 55 decibéis em período diurno e de 50 decibéis em período noturno, medições mostram alarmantes 90 decibéis.

 

Nessa intensidade, após quatro horas diárias de exposição ao ruído, o indivíduo poderá ter sua acuidade auditiva afetada. Quem mora em grandes cidades percebe o quanto incomoda o barulho do trânsito, de uma buzina. O pior é que, dentro de casa, o som alto, muitas vezes, é prática corriqueira, que também pode afetar a capacidade de ouvir, ao longo do tempo.

 

O nível de barulho em nossa casa tem grande impacto. Somados aos aparelhos sonoros, barulhos de eletrodomésticos como máquina de lavar, liquidificador e aspirador de pó também podem trazer prejuízos à audição. É preciso respeitar os limites de decibéis recomendados por especialistas, não só em respeito aos vizinhos, mas em beneficio à própria saúde. A exposição contínua a ruídos superiores a 50 decibéis pode causar perda progressiva da audição. Os primeiros sintomas em geral são um zumbido nos ouvidos.

 

“Infelizmente, é comum que a pesssoa só procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos. A exposição frequente ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição”, lembra a fonoaudióloga Isabela Gomes, da Telex Soluções Auditivas.

 

Para se ter uma idéia, uma conversa normal entre duas pessoas varia entre 45 e 55 decibéis. Já o barulho causado por uma furadeira chega a 81 decibéis e por uma britadeira, a 100 decibéis. Se nas ruas não podemos evitar o barulho, que se evitem os excessos em casa, a começar pelo tom de voz adotado na conversação, pelo volume da TV e dos aparelhos sonoros, como rádios e MP3.

 

Isabela Gomes lembra que além da exposição contínua ao ruído, outros fatores podem levar à perda auditiva: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada (presbiacusia).

 

Se já há suspeitas de problemas para ouvir, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista. Muitas vezes, o uso do aparelho auditivo resolve o problema e é essencial para que o indivíduo resgate sua autoestima. Depois do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho são indicados para atender às necessidades do deficiente auditivo.

 

“Ao comprovar a perda auditiva, o aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, com design moderno, quase invisíveis no ouvido, adequados para diferentes graus de perda auditiva e que não ofendem a vaidade de quem usa”, conclui a fonoaudióloga da Telex.

 

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