Defesa pede liberdade de babá acusada de torturar criança no Rio
Caso ocorreu em julho, na casa onde mulher trabalhava, na Barra.
Antiga patroa afirmou em audiência que ela não maltratava crianças.
A defesa da babá acusada de torturar uma menina de 2 anos, na casa onde trabalhava, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pediu nesta terça-feira (11) a liberdade provisória da mulher, que está presa desde julho deste ano. O pedido foi feito ao final da audiência de instrução e julgamento, realizada na 43ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Os pais da criança afirmam que a babá dava tapas, beliscões e puxões de cabelo na filha e passava colônia de lavanda nas partes íntimas da criança, com o objetivo de provocar ardência.
A família da menina registrou, através de câmeras instaladas na casa, algumas cenas das supostas agressões à criança. Os pais afirmaram que uma outra empregada da casa foi quem denunciou as agressões da babá para eles. Em uma das imagens exibidas, a babá estaria tentando mexer nas câmeras.
A babá negou as acusações, e se defendeu, dizendo que durante o tempo que trabalhou na casa da família, ela tentou educar a menina.
Nova audiência em novembro
Nesta terça, os pais da menina, e testemunhas de defesa e acusação foram ouvidos pela Justiça. A babá acompanhou a audiência, mas não se pronunciou. Após os depoimentos, o juiz Rubens Casara não se manifestou sobre o pedido de liberdade provisória da babá. O magistrado informou que aguarda o parecer do Ministério Público, para fundamentar sua decisão. Os promotores responsáveis pelo caso argumentaram que falta nos arquivos do processo a resposta de um habeas corpus anterior, também solicitado pela defesa da babá.
Rubens Casara foi quem pediu a prisão da babá, em julho. O magistrado explicou, na ocasião, que a babá em liberdade poderia dificultar a coleta de provas do processo. Os advogados Raphael Vitagliano e Flávia Lamego, responsáveis pela defesa da babá, argumentaram que ela não representa risco à sociedade e nem de fuga, além de ter bons antecedentes. A Justiça marcou uma nova audiência para 7 de novembro, quando a acusada será ouvida.
Pais se emocionam em audiência
Durante a audiência nesta terça, os pais da criança se emocionaram várias vezes. A mãe da menina disse que percebeu sua filha com um comportamento diferente e se assustou quando viu as imagens. O pai da criança falou que contratou a babá, após pegar referências com advogadas. Ele disse que a mulher externava a vontade de ser mãe, por isso deu a ela todo o enxoval da filha. O pai afirmou ainda que frisou na entrevista com a babá, que era proibido bater na criança.Além dos pais, foram ouvidos a empregada que relatou as agressões, uma psicóloga, contratada pela família para fazer uma avaliação da menina, e o técnico de informática, responsável pela instalação do circuito interno na casa. A psicóloga falou que a criança apresentava um comportamento agitado.
Duas ex-patroas da babá foram ouvidas pela Justiça. Uma advogada contou que a acusada trabalhou na casa dela por muitos anos, e que nunca maltratou suas duas filhas. E uma dona de casa também defendeu a babá, afirmando que ela sempre gostou de cuidar de crianças.
Fonte: G1/RJ
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