Prefeitura cadastra catadores do Jardim Gramacho
Os 100 primeiros catadores do aterro sanitário do Jardim Gramacho começaram a ser cadastrados nesta segunda-feira, 23 de janeiro, pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias (SMASDH). O objetivo é levantar o número de pessoas que trabalham efetivamente no local, com detalhes minuciosos da situação de cada indivíduo. Outra meta é a criação de oportunidades de qualificação profissional, geração de renda e empreendedorismo. As atividades no aterro sanotário do Jardim Gramacho devem ser encerrada nos próximos meses. O atendimento se estenderá até o dia 16 de fevereiro, das 8h às 17h, e a expectativa é de que sejam cadastrados entre 1400 e 1500 catadores.
O atendimento está sendo feito no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do Jardim Gramacho e, para agilizar o trabalho, estão sendo cadastradas 100 pessoas por dia, mediante uma senha distribuída no próprio aterro sanitário. Os assistidos receberão orientações sobre inserção no CadÚnico, para a retirada de documentos e encaminhamentos diversos. Uma comissão formada por integrantes de associações de catadores está encarregada de fazer a triagem e confirmação das pessoas que realmente trabalhem no aterro sanitário. A finalidade é evitar fraudes.
A ação envolve várias secretarias municipais e estaduais, além do Fórum Comunitário de Jardim Gramacho, associações dos Catadores, Fundação Leão XIII, Caixa Econômica Federal, Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (IETS) e as empresas Novo Gramacho Engenharia Ambiental e Pangea Centro de Estudos Socioambientais.
Segundo Dione Manetti, consultor da Pangea, o cadastramento permitirá obter informações fundamentais sobre a situação dos catadores, como tipo de lixo. “Com isso, poderemos inseri-los em cursos de qualificação, além de identificar e articular os quadros geradores deste tipo de lixo”, observou Manetti.
Para o líder comunitário e catador Alexandre Gordim, da Associação Coopercamjg, esta ação vai possibilitar saber o número concreto de catadores do aterro sanitário do Jardim Gramacho. “Com esta parceria podem surgir novos desafios e oportunidades no mercado de trabalho, além de permitir o fortalecimento da categoria”, comentou Gordim , que tem mais de dez anos como catador.
Para a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Roseli Duarte, a ação permite que os catadores possam se beneficiar dos programas sociais dos governos estadual e federal. “Precisamos garantir que eles tenham acesso a estes benefícios, com o encerramento das atividades no aterro sanitário do Jardim Gramacho. Nosso atendimento dura cerca de uma hora, com cerca de 100 pessoas cadastradas por dia. Um trabalho feito com calma, com a participação de todos os envolvidos”, concluiu Roseli.
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