Humor: Flagrado na Telinha
— Francineldo, o pai da Carlivia morreu e eu vou no enterro (disse Prisciléa, acordando o marido que dormia no sofá da sala)
— Hum… O quê?…
— Vou no enterro do pai da Carlivia…
— E pra isso precisava me acordar, tá maluca?
Depois de seis anos e meio vivendo juntos, o casal há muito não se entendia, mas por razões diversas se suportavam. Temperamental e arrogante, Francineldo agia como se a mulher não existisse e esta por sua vez pouco se importava.
Passado o sepultamento, para quebrar o clima, Prisciléa sugeriu a amiga que fossem comer qualquer coisa, mas como era sábado de carnaval, a maioria dos estabelecimentos só estavam trabalhando com bebidas e foi sorte encontrarem uma lanchonete servindo salgados.
Assim que se acomodaram viram em um aparelho de TV ligado sobre o balcão, em flash direto do Cordão da Bola Preta, nada mais nada menos que o Francineldo, o marido de Prisciléa, fantasiado de Bin Laden e aos beijos com uma loura bunduda e muito bonita:
— Num pode ser verdade, qualquer coisa menos isso, por que me sacanear desse jeito? (indagou berrando Prisciléa)
— Calma amiga, fica na tua! (disse Carlivia tentando controlar a amiga)
— Que calma? Cumé que eu posso ter calma, se a pessoa que eu mais amei em toda minha vida, simplesmente tá me traindo e sabe-se lá desde quando?
— Eu entendo seu desespero, mas você tem que se controlar Prisciléa, ta todo mundo olhando pra gente! (rogou a amiga morrendo de vergonha)
— Cum tanto homem no mundo, por que ela tinha que me trair justamente com o bundão do Francineldo, por quê?
Fernando Zappa
Eleições 2020
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