Home Agenda Cultural Zezé Motta faz homenagem a Elizeth Cardoso no Sesc São João de Meriti

Zezé Motta faz homenagem a Elizeth Cardoso no Sesc São João de Meriti

“A noite do meu bem” (Dolores Duran), “Chega de saudade” (Antônio Carlos Jobim / Vinícius de Moraes), “Foi um rio que passou em minha vida” (Paulinho da Viola), “Mulata assanhada” (Ataulfo Alves) e “A flor e o espinho” (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Alcides Caminha) são alguns dos clássicos que a cantora e atriz Zezé Motta vai interpretar no show “Divina saudade”, no Dia Internacional da Mulher (8/3), no Sesc São João de Meriti. Com ingressos a preços populares, o espetáculo é uma homenagem à cantora Elizeth Cardoso. A coprodução musical é de Roberto Menescal.

 

“Não é todo dia que temos a chance, a dádiva de produzir um projeto com duas artistas divinas como Elizeth Cardoso e Zezé Motta. Elas têm muito em comum: são cantoras, mulheres, negras, brasileiras. O espetáculo é sobre o melhor da música brasileira, o samba, bossa nova, sobre as cantoras do rádio. E, principalmente, canções! Os compositores da melhor safra da música popular brasileira”, exalta Menescal.

 

Zezé conta que o projeto é um desejo antigo, alimentado desde que encontrou com Elizeth em um show dirigido por Hermínio Bello de Carvalho em homenagem a Herivelton Martins.

 

“Eu queria fazer algo novo, um trabalho que fosse um marco na minha carreira. Um dia acordei e vi na estante o livro ‘Elizeth, a divina’, de Sérgio Cabral, que eu havia lido há um ano. Sabia que a Divina tinha feito uma trajetória pautada por um cuidado excepcional com o repertório e que homenageá-la seria assumir a grande responsabilidade de interpretar um time de iluminados da MPB, como Pixinguinha, Cartola, Baden Powell, Haroldo Barbosa, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e outros tantos. Homenagear essa diva, que muita saudade deixou, acabou virando um grande projeto em minha vida”, comenta Zezé Motta.

 

Serviço

Show Divina Saudade, com Zezé Motta, em homenagem a Elizeth Cardoso

Sesc São João de Meriti: Av. Automóvel Clube 66. Tel.: 2755-7070

8/3

20h

Ingressos: R$ 12 (inteira), R$ 6 (estudantes, jovens até 21 anos e maiores de 60 anos) e R$ 3 (associados Sesc Rio)

Classificação: 14 anos

Capacidade: 348 lugares

 

Sobre o show

No primeiro ato, o cenário é uma grande cortina francesa dourada, com um microfone anos 50, lembrando os auditórios da Rádio Nacional, Golden Room, Cassino da Urca, e tantos lugares que perdemos! Todo ato consiste nesse clima de glamour pós-guerra, onde as estrelas eram importadas de Hollywood. Os fãs transformavam a vida desses simples mortais em semideuses ou deuses. A era da glorificação. Sem os fãs onde estariam as Elizetes, as Emilinhas, Marlenes e mais tantas outras num país sem nenhum apreço as memórias.

 

No segundo ato o clima muda. Vira teatro. As letras das canções interagem com a cenografia e tudo fica mais dramático e misterioso. Os standards revisitados pela mão precisa de Menescal e pela força de Zezé, ganham forma e opinião.

 

Repertório

Tudo é magnífico (Haroldo Barbosa – Luiz Reis)

Prece (Vadico – Mariano Pinto)

Nossos momentos (Haroldo Barbosa – Luiz Reis)

A noite do meu bem (Dolores Duran)

Feitio de oração (Noel Rosa – Vadico)

Consolação (Baden Powell – Vinícius de Moraes)

Tem dó (Baden Powell – Vinicius de Moraes)

Tristeza (Haroldo Lobo – Niltinho)

Amor e a rosa (Pernambuco – Antônio Maria)

Noites cariocas (Jacó do Bandolim – Hermínio Bello de Carvalho)

Lamento (Pixinguinha – Vinícius de Moraes)

Chega de saudade (Antônio Carlos Jobim – Vinícius de Moraes)

Barracão (Luiz Antônio – Teixeira)

Samba triste (Baden Powell – Billy Blanco)

Molambo (Jayme Florence – Augusto Mesquita)

Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola)

Mulata assanhada (Ataulfo Alves)

Luxo só (Ary Barroso / Luiz Peixoto)

Luz negra (Nelson Cavaquinho)

A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito / Alcides Caminha)

Noites cariocas (Jacó do Bandolim – Hermínio Bello de Carvalho)

Lamento (Pixinguinha – Vinícius de Moraes)

Isso aqui é o que é (Ari Barroso)

Exaltação a mangueira (Enéas Brittes da Silva/ Aloísio Augusto da Costa)

BIS:

Maria, Maria (Milton Nascimento)

 

Sobre Elizeth Cardoso

Elizeth começou cantando num dos principais programas da Rádio Guanabara, o Programa Suburbano, ao lado de grandes nomes, como Noel Rosa, Vicente Celestino, Araci de Almeida e Marília Batista. Seu cantar agradou tanto Noel Rosa, que o mesmo tirou seu violão da caixa e ensinou-a cantar, uma das suas últimas produções, o samba “Quem Ri Melhor”. O que mais impressionava na jovem cantora era seu potencial. Só para se ter uma idéia, ela interpretava as músicas do repertório de Vicente Celestino, no mesmo tom do cantor.

 

Elizeth levou seu canto a muitas partes do mundo, como Costa Rica, Guatemala, Estados Unidos, Bolívia, Japão, etc. Em cada lugar que passava, emocionava platéias com sua voz. Sua vida teve muitos fatos curiosos e marcantes, mas seria impossível detalhá-los em poucas palavras.

 

No dia de 7 de maio de 1990, o Brasil perde Elizeth, vítima de um câncer no estômago. O corpo, velado no Teatro João Caetano, foi coberto pelas bandeiras do Bola Preta, da Escola de Samba Portela e do Flamengo. A Portela, escola de samba de seu coração, envia-lhe como última homenagem um ritmista para tocar surdo no momento do sepultamento. O fim? Não, pessoas como Elizeth Cardoso jamais chegam ao fim, mas deixam uma saudade, uma DIVINA SAUDADE…

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