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Utilidade Pública - 10 de julho de 2011

David Byrne lider da banda Talking Heads defende o uso da bicicleta como meio de transporte na F.L.I.P. de Parati

O sol, que finalmente se firmou na cidade, e David Byrne são as grandes atrações da manhã deste sábado na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). O cantor, compositor, artista, produtor e ex-líder da banda Talking Heads está no país para tratar de questões urbanas e defender o transporte alternativo no mundo. Ou seja, Byrne veio para cá não como cantor, compositor, artista, produtor e ex-líder dos Talking Heads. Veio como ativista.

Em 2010, foi lançado no Brasil o livro “Diários de bicicleta”, pela editora Amarylis, em que Byrne relata suas experiências com uma bicicleta em algumas cidades do mundo e propaga esse tipo de transporte como uma saída sustentável para as sociedades contemporâneas. Ele falou sobre o tema durante uma hora, numa coletiva de imprensa:

– As pessoas acham que os nova-iorquinos ou os brasileiros não aceitariam deixar seus carros nas garagens para utilizar a bicicleta para irem ao trabalho. Mas em todos os locais em que um sistema de transporte por bicicletas foi implementado houve resistência. Em Copenhagen, por exemplo, houve dificuldades para inserir mudanças na sociedade, mas eles conseguiram.

Byrne também contou como começou a se encantar pelas possibilidades de um transporte mais ecológico.

– Décadas atrás, eu levei minha bicicleta de infância para Nova York para ver se conseguiria usa-la para ir a museus e outros locais. E realmente ela foi bastante útil. Então, já há algum tempo, nas minhas turnês musicais eu levo comigo uma bicicleta dobrável. O problema é que se tivesse que viver a tradicional vida de um músico, eu iria enlouquecer. Levar a bicicleta comigo e utiliza-la nas viagens foram maneiras de manter minha sanidade ativa. De certa forma, senti que poderia ser mais uma vez dono da minha vida. Foi uma sensação ótima.

O cantor, porém, não trouxe sua bicicleta ao Brasil. Mas promete levar para a mesa “Tour dos trópicos”, da qual participará neste domingo, às 11h45m, na Flip, ao lado do especialista em transporte Eduardo Vasconcellos, o espírito libertador de uma das principais vozes da cultura pop das últimas décadas, desta vez a favor de uma causa urbana.

– Há alguns anos, eu desenhei bicicletários para parques de Nova York, num projeto temporário e simbólico. Iniciativas para convidar as pessoas a usarem suas bicicletas não precisam ser chatas. Não aceitamos que nossas vidas sejam entediantes, então por que devemos aceitar que projetos urbanísticos sejam chatos?

Fonte : o Globo

Materia sugerida por: Célia Santos

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