Humor: Primeiro de Abril
— Seu nome? (perguntou o delegado)
— Edeolinda da Cruz
— Idade?
— Sessenta e seis…
— Bom, eu quero que a senhora narre bem devagar o que aconteceu, pois a vítima está em estado grave e a situação da senhora é dificílima
— Tudo bem…
— Como foi que a senhora conheceu o sujeito?
— Como faço toda tardinha, dei comida pros meus gato e depois me sentei na varanda para beber minha cervejinha e olhar a rua.
— E aí?
— O cara apareceu no meu portão querendo água. Mandei ele entrar e esperar na varanda. Assim que terminou de beber a água, sem mais nem menos me agarrou e me deu o maior beijão na boca.
— A senhora, devia ter gritado
— Mas, num gritei, por que ele dizendo que me amava, abriu minha bermuda e enfiou a mão na minha periquita e eu perdi a cabeça.
— Foi ai que a senhora agrediu o tarado?
— Foi ai que eu fiquei foi doidinha de tesão, porque desde que meu marido Lionório morreu que to na maior seca, faz oito ano que num dou pra ninguém e chamei ele pra entrar e gente ficar a vontade.
— Ele entrou?
— Deu uma gargalhada e disse: To bricando velha escrota e safada, esqueceu que hoje é Primeiro de Abril? Ai num pensei duas vezes. Meti a garrafa que tinha trazido cum água nos corno do filha da puta!
Adaptação Fernando Zappa
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