Humor: Amor Sublime Amor
Com o saco cheio das brigas diárias de seu pai com seus filhos e a esposa Eliônia, Alfredino, primogênito de Ricardo Waldez, o Espanhol, decidiu interná-lo em um asilo.
Nos primeiros dias, magoado com a decisão do filho, o coroa teve dificuldades de adaptação, mas logo se integrou a rotina e um mês depois já estava até de namorico com uma interna de nome Margarenha:
— Eu quero uma prova do seu amor!… (disse Espanhol a namorada, enquanto tomavam banho de sol)
— Que história é essa, você tá maluco? (indagou a mulher)
— Não é maluquice, muito pelo contrário, acho que é um direito que eu tenho sendo seu namorado, mas se você não quiser… Eu num vou ficar zangado…
Malandro e sedutor, o idoso acabou convencendo a dona e quando tiveram a certeza que todos dormiam, la se foi a dupla para uma pequena sala desativada da instituição, onde Espanhol pediu que Margarenha segurasse seu velho pênis, enquanto emocionado lia poesias de Mário Quintana, Espanhol chorava e sorria
O que era para acontecer apenas naquele dia tornou-se rotineiro e poderia continuar assim, se certa noite, depois de muito esperar pelo namorado e este não aparecer, a velhota não saísse à sua procura:
— Isso é muita sacanagem, você me trocar por essa piranha!
Gritou Margarenha ao flagrar Espanhol com outra interna de nome Nadirlândia no mesmo local de seus encontros com o amado:
— O que ela tem que eu não tenho velho safado?
Indagou tomada pelo ciúme. Sem perder a calma, Espanhol tomou as mãos da namorada e com um breve sorriso lhe disse carinhosamente:
— Minha teteia, você é a mulher que eu amo e que escolhi para estar comigo para sempre, mas ela tem mal de Parkinson e não deu pra resistir… Me perdoe!
Fernando Zappa
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