Humor: O Castigo do Irmão do Boi
Deste de criança, Isidimar sofria por sua baixa estatura. Se aos oito anos possuía a altura de um menino de cinco, adulto nunca passou de um metro e sessenta, mas o que tinha o cara de pequeno tinha de inconveniente, fofoqueiro e mentiroso.
Certa manhã quando seguia em direção ao trabalho, se deparou com uma aglomeração próxima a estação de Bel Ford Roxo e como todo bom fofoqueiro que se preza, quis saber o estava acontecendo:
— Que ta havendo aí? (perguntou a um gordão que bebia café e comia joelho)
— Tão dizendo que um coroa que tava num caixa eletrônico, quando saiu da agência levou uma saidinha de banco e foi baleado com mais de vinte tiro!
Assalto, seguido de morte, era tudo que um futriqueiro enxerido como o Isidimar queria. Tentou espiar a vítima rodeada pela multidão, mas baixinho como ele só, ficou querendo.
Pediu licença, por favor, tentou passar na marra, mas levou um porradão que parou no outro lado da rua e foi ai que achou que tinha tido uma brilhante ideia:
— Me deixa passar, que eu quero ver meu irmão! Mataram meu melhor amigo, que eu vou dizer pra mamãe? (se pôs gritar desesperadamente)
“diante de tal apelo, o pessoal comovido com a dor de um irmão abriu caminho para que o cara passasse, mas foi aí que o violão do baixinho ficou sem corda, pois a vitima que ele anunciou como sendo seu irmão, na verdade era um boi atropelado por um caminhão”
A galera que já havia começado destrinchar o animal, achou que Isidimar com a encenação estava na verdade a fim de pegar uns bifes e atropelou o baixinho igual o caminhão que matou o boi.
Agora, o fofoqueiro Isidimar está lá no hospital do Joca com a cara maior que a de um boi, inchada das tantas porradas que levou.
Momentaneamente não consegue falar, mas presta atenção em tudo e através de sinais já conseguiu com suas intrigas, o afastamento de um médico e a demissão de um servente terceirizado.
Fernando Zappa
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