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Duque de Caxias - 3 de dezembro de 2011

Desembargador Sérgio Saeta faz revelações do Poder Judiciário, em Caxias, no Tarde com História

 

A Câmara Municipal de Duque de Caxias, através do Instituto Histórico, realizou na segunda-feira (29/11) mais uma edição do projeto Tarde Com História. O Plenário Vilson Campos de Macedo foi palco para receber o renomado desembargador Sérgio Saeta Moraes, que contribuiu significativamente para o avanço do Poder Judiciário em Duque de Caxias.
Sob os olhares atentos da plateia, Saeta respondeu a uma bateria de perguntas da seleta bancada de entrevistadores, formada pelos jornalistas Dina Guerra, Alberto Marques, vereadora Fatinha e os professores Tania Amaro, Rogério Torres, Leonardo Palhares, Augusto Braz e o ex-prefeito, Wilson Gonçalves. O presidente da Casa, Dalmar Lírio Mazinho, prestigiou a abertura do encontro, mas, por estar se recuperando de um problema de saúde, não pôde participar como mediador das entrevistas.

Dono de uma vasta experiência na carreira de jurista, Sérgio Saeta se formou em Direito, pela Universidade do Estado da Guanabara. Antes de iniciar sua trajetória em Duque de Caxias, ele atuava na 3ª Vara Civil, em São Gonçalo. Mas, sua transferência para a 3ª Vara Civil em Duque de Caxias, já estava selada pelo destino. Foi nos anos 80, com uma vaga em aberto no município e sem concorrentes, que Sergio Saeta assumiu o cargo. Na época, de acordo com o desembargador, nenhum magistrado queria trabalhar em Duque de Caxias. “As instalações eram precárias, cercada por um local isolado, no meio do mato”, lembrou.

Mas foi exatamente neste lugar, que o desembargador entrou para a história do Judiciário. Com 25 anos dedicados a Duque de Caxias, ele lutou por recursos e investimentos em prol de instalações dignas do fórum, e conseguiu. “Desde que cheguei aqui, não parei. Lutava por verbas para construir um prédio do Judiciário com um ambiente agradável para os funcionários e o atendimento à população. Hoje, o espaço existe, não é tão bonito por fora, mas é o melhor em termo de funcionalidade”, orgulha-se o desembargador.

Durante a entrevista, Sérgio Saeta falou ainda de sua trajetória profissional, da evolução das apurações eleitorais e da importância da integração entre o Poder Executivo Municipal e o Judiciário, de Duque de Caxias.  O desembargador destacou que, há anos atrás, as fraudes nas urnas eleitoras podiam acontecer com maior facilidade.

“Na época, um problema constante, era na contagem dos votos. Não existia um processo de votação seguro que é feito hoje, então, infelizmente, era mais fácil acontecer fraudes nas urnas”, opina. Ele citou como exemplo, uma zona eleitoral de Xerém, que chegou a ter votações anuladas por suspeita de fraude.

Para combater esse problema, Saeta contou que ele decidiu fazer mudanças. “Cada mesa passou a apurar duas ou três urnas. Antes, cada uma apurava 10 ou 20 urnas. Essa inovação acelerou a contagem. A partir daí, Caxias saiu na frente e serviu como exemplo para todo o estado”, orgulha-se Saeta, acrescentado que ainda foram disponibilizados ônibus para a entrega das urnas eletrônicas à central de apuração dos votos. “É um orgulho para Duque de Caxias ser pioneiro nesta modernização”, declarou Saeta.

A entrevista completa foi gravada em DVD e pode ser conferida pela população, no acervo do Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias, que fica na Rua Paulo Lins, 41 – Jardim 25 de Agosto – Duque de Caxias.

 

 

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