Duque de Caxias : Prefeitura quer valorizar ainda mais pequenos produtores
Que tal comprar bananas, aipim, batata, café ou um pote de doce caseiro sem nenhum conservante ou agrotóxico, em um centro de comercial de Duque de Caxias? Pode parecer impossível, mas uma vez por mês um grupo de produtores do município monta suas bancas no Caxias Shopping para comercializar estes e outros produtos.
Mais do que vender seus produtos, os agricultores do quarto distrito terão um grande apoio da Prefeitura de Duque de Caxias, como explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Lauricy Fátima de Jesus, que esteve neste domingo (3/3), visitando as bancas e conversando com os produtores. “Esta feira é importante por vários fatores entre eles o de mostrar à população que Duque de Caxias tem área rural e que produz alimentos. O prefeito Alexandre Cardoso quer incentivar cada vez mais a agricultura familiar até o ponto de podermos comprar uma parte desta produção para ser utilizada na merenda escolar, como é garantido por lei. Estamos fazendo uma série de parcerias que irão beneficiar este setor econômico do município. Vale destacar que o caxiense vem consumindo cada vez mais os alimentos produzidos por nossos agricultores”, diz a secretaria de Meio Ambiente.
Entre os projetos que já estão em desenvolvimento, está à implantação de um posto avançado para atender as necessidades dos produtores, com pessoal para orientar os agricultores. Em maio a secretaria inicia a vacinação do gado. “Estamos preparando a campanha de vacinação do gado, programada para maio. Garantindo a venda do rebanho sem qualquer risco”, conta Lauricy Fátima de Jesus.
Experiência inédita
A feira tem um público cativo que mensalmente vai ao shopping para comprar os produtos comercializados, como costureira Marli da Silva. “Sempre compro alguma coisa na feira. São produtos que não têm agrotóxicos. Logo, mais saudáveis. Todo mês levo quiabo, aipim, batata e café e algum outro produto”, conta.
O auxiliar de serviços gerais Paulo Sérgio Moreira, diz que passou a comprar por indicação da esposa. “São produtos frescos e sem contaminação. Pelo menos uma vez no mês, levo para casa alimentos saudáveis e que não custam tão caro”, explica.
Sebastião Fidélis é um dos mais antigos na feira. Produtor de café, ele conta diz que tem público cativo. “Em média vendo cerca de 30 quilos de café. As pessoas gostam, sabem que o sabor é diferente. Tenho minha plantação e faço o beneficiamento” afirma.
Mas uma banca chama a atenção de quem frequenta o local. É a de doces artesanais, do projeto Casa do Caminho. Afinal, não é sempre que se pode encontrar uma americana trabalhando ali. Sarah Shoenberger deixou a ensolarada Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos, seus alunos de História para viver em Xerém, para plantar, colher e comercializar os produtos. “Soube do projeto desenvolvido pela Organização Não Governamental (ONG), achei interessante e vim trabalhar aqui. No início foi bem complicado, porque não falava uma palavra de português. Agora já consigo me comunicar com todo mundo (embora o sotaque e os cabelos louros se destaquem). Estou adorando colher, plantar e trabalhar em algo completamente diferente e não me arrependo de ter vindo para Xerém. Tem sido uma experiência maravilhosa”, finaliza.
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