Museu de São Bento serve de modelo para outros municípios

Instituído no início da atual administração, o Museu Vivo do São Bento, localizado no bairro do mesmo nome, desperta o interesse de outros municípios, que enviam representantes a Duque de Caxias em busca de experiências para importar projetos semelhantes. É o caso de São João de Meriti, que enviou à cidade a equipe encarregada da implantação do Museu João Cândido, que vai funcionar no bairro Vila São José, que faz divisa com as cidades de Duque de Caxias e Belford Roxo.

Segundo o professor Antônio Augusto, um dos diretores da instituição, o objetivo do Museu Vivo do São Banto é exatamente o de gerar intercâmbio para estudantes, pesquisadores e outros interessados em cultura, memória e educação. “Estamos abertos para a troca de informações que possam contribuir para que outras cidades organizem seus espaços”, destacou Augusto, que sente orgulho de percorrer cada metro do museu explicando aos visitantes os detalhes de cada objeto, foto, escultura ou arquitetura que compõem a instituição.

O bairro São Bento é um dos mais antigos de Duque de Caxias, habitado por tribos indígenas no período do descobrimento. Vestígios destes povos estão nos sambaquis achados nas proximidades do museu, um sítio arqueológico composto de restos de alimentos (conchas), humanos (esqueletos) e cerâmica, entre outros utensílios indígenas e africanos – da época da escravidão. Também fica na região uma senzala, local onde os escravos eram mantidos e torturados pelos senhores de engenho.

Com 15 hectares de área, o Museu do São Bento, instituição vinculada à Secretaria Municipal de Educação (SME), possui cinco prédios e uma área de vegetação preservada. Em seu entorno vivem 60 famílias que receberam títulos de propriedade do INCRA e são consideradas parceiras do projeto.

O ritual de apresentação do museu aos visitantes se repetiu para Antônio Augusto nesta terça-feira, dia 27 de dezembro. Ele ciceroneou o grupo meritiense para conhecer as instalações da unidade. Entre os visitantes, o líder político Tonho de Freitas, o pesquisador Kennedy Guilherme, o subsecretário de Cultura, Daniel Eugênio, e o presidente da Associação Núcleo Colonial do São Bento, José Cícero Teixeira.