Comissão da Alerj ouve família de menino que desapareceu no Rj
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio ouviu nesta segunda-feira (27), a família de Juan, o menino de 11 anos que desapareceu durante uma operação policial no Rio. Segundo os parentes, Juan sumiu depois de ser baleado num tiroteio entre PMs do 20º BPM (Mesquita) e um traficante. A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar se houve envolvimento de policiais no desaparecimento.
O pai de Wanderson de 19 anos, outra vítima do confronto, também foi ouvido. O jovem levou três tiros pelas costas e está internado. O rapaz, que não tem antecedentes criminais, está sob custódia por ser considerado suspeito de tráfico de drogas. Mas o pai afirma que ele é trabalhador.
“Eu quero proteção e justiça. Em primeiro lugar, eu quero o meu filho sã e salvo como ele era. Ele é um filho exemplar, todo mundo conhece e gosta dele e fizeram uma injustiça dessa com ele”, disse José Antônio de Assis, pai de Wanderson.
Na reunião, os parentes de Juan pediram ajuda para encontrar o menino. Além da Comissão de Direitos Humanos, participaram do encontro representantes da Polícia Civil, da Defensoria Pública e do Programa de Proteção à Criança e o Adolescente Ameaçados de Morte (PPCAAM).
Segundo o presidente da comissão da Alerj, deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), o irmão de Juan, que também foi atingido por duas balas perdidas, no ombro e na perna e é testemunha no caso, deve entrar no programa de apoio à criança vítima de violência.
” O Wesley é um menino que provavelmente vai entrar no programa de proteção à criança e adolescente vítimas de violência. Isto foi encaminhado pela Comissão de Direitos Humanos. Assim como a família do Wanderson também está sendo encaminhada à Defensoria Pública, para que possa ter o atendimento jurídico adequado e o Wanderson deixe de responder como reú”, explicou.
A Comissão decidiu investigar o sumiço do menino e pediu à Polícia Civil proteção a Wesley. Até agora não houve acusação formal contra os policiais, por isso eles não foram afastados. Os policiais ficarão de fora do Grupo de Ações Táticas (GAT), para não terem que voltar à comunidade.
Dados de GPS
A Polícia Militar do Rio de Janeiro solicitou os dados do GPS da viatura de agentes do GAT do 20º BPM (Mesquita).
De acordo com a polícia, a corporação também vai dar aos agentes da 56ª DP (Comendador Soares) todas as informações apuradas pela sindicância do 20º BPM. O objetivo é tentar esclarecer o que ocorreu no dia da operação.
Fonte: G1
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