PF fecha 31 empresas por crime ambiental em operação, no RJ
Trinta e uma pessoas foram detidas em Caxias, na Baixada Fluminense.
Elas não tinham licença para funcionar e degradavam mangue, diz PF.
A Polícia Federal (PF) fechou 31 empresas por crime ambiental, nesta terça-feira (11), numa operação no entorno do aterro sanitário de Gramacho, em Caxias, na Baixada Fluminense. Trinta e uma pessoas, que seriam responsáveis ou proprietárias dos locais, também foram detidas. Entre elas, o dono de uma fábrica de carvão, que também foi fechada. De acordo com a PF, elas lucravam com o comércio ilegal de lixo sem licença ambiental para funcionar.
Ainda segundo a PF, as empresas degradavam área de mangue para ampliação de galpões de estabelecimento comercial, descarte de resíduos no entorno do aterro sanitário e na Baía de Guanabara, explorando cidadãos de baixíssima renda que vivem na região e causando riscos à saúde pública.
“As empresas aqui não têm a menor consideração com o meio ambiente. Elas são tanto geradoras de resíduos sólidos, quanto elas são adquirentes desses resíduos que deveriam estar lá embaixo no Aterro Sanitário de Gramacho. Os resíduos que elas mesmas produzem elas acabam jogando no seu entorno, que são aproveitados pelo miseráveis, que por sua vez jogam seu lixo no mangue, na Baía de Guanabara”, afirmou o delegado da Delegacia do Meio Ambiente da PF, Fábio Scliar.
Segundo a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), os locais foram multados por crime ambiental. Os policiais também encontraram depósitos de lixo clandestino, onde era realizada queima de material eletrônico, além de produtos perigosos armazenados de forma inadequada, informou a secretaria.
A ação contou com 210 agentes da delegacia, policiais civis e militares, além do Instituto Estadual do Ambiente.
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