Supremo deve retomar hoje julgamento sobre desaposentação
A decisão final dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre controvérsia da possibilidade de rever aposentadorias de quem continuou trabalhando e contribuindo retornou ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema está na pauta da Sessão desta quarta-feira(20) do plenário do Supremo.
O tema está sendo julgado como recurso repetitivo e com isso o resultado será usado como modelo para todos os recursos que chegam ao Supremo. O próprio Governo já se movimenta para o caso de uma decisão final favorável, sendo que já divulgou no ano passado o impacto fiscal que o Tesouro terá de suportar caso se reconheça o direito à “desaposentação”, requerido hoje por milhares de ações em tramitação nos tribunais brasileiros. Este levantamento mostra que o impacto deverá ser de R$ 49,1 bilhões. O universo de aposentados beneficiados é estimado em cerca de 500 mil pessoas.
“Esses números são muito relevantes e vão de encontro com o que hoje observo na G Carvalho Sociedade de Advogados, com um crescente número de decisões favoráveis sobre o tema e também com muitos aposentados que passaram a acreditar que realmente possuem este direito, Com certeza estes receberão os valores apontado pelo Governo”, alerta o advogado previdenciário Guilherme de Carvalho, do escritório G Carvalho Sociedade de Advogados.
Enquanto a decisão final não sai, vários aposentados que continuam na ativa buscam à Justiça para rever os valores da aposentadoria. No Brasil, o cidadão que trabalha e contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após a aposentadoria, não tem o direito de corrigir o provento.
O advogado previdenciário Guilherme de Carvalho explica que essa ação é denominada de desaposentação, no qual permite ao beneficiário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a renunciar o atual seguro e obter novos valores mais altos.
Neste ano, o escritório de advocacia G Carvalho Sociedade de Advogados conquistou centenas de ações favoráveis de desaposentação. “Os números mostram que o Judiciário, em muitas vezes, oferta ações favoráveis, pois além do segurado ter que voltar a ativa no momento que era para usufruir da “vida”, ainda ele tem que contribuir para o Sistema mesmo não obtendo o retorno. Não é justo!”, diz Guilherme de Carvalho, do G Carvalho.
“A Previdência acaba recebendo de quem ainda não se aposentou e de vários segurados que continuam a trabalhar mesmo em idade avançada. Porém, não é admissível o aposentado ser prejudicado com os baixos valores que recebe e ainda pagar uma contribuição sem razão”, expõe o advogado.
A desaposentação é um tema polêmico entre os congressistas, sobretudo porque mexe com os cofres públicos. “Acredito que logo o governo terá que rever a legislação, pois atualmente os aposentados vão atrás dos seus direitos. Os segurados querem renunciar a sua aposentadoria e ganhar aquilo que merecem”, diz.
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