MP-RJ pede prisão de PM do caso Juan por outra execução
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu na terça-feira a prisão temporária, por outro crime, de um dos quatro policiais militares envolvidos na operação que resultou na morte do menino Juan de Moraes, 11 anos, na favela Danon, em Nova Iguaçu. Edilberto Barros do Nascimento e outros três PMs são acusados de matar, com um tiro de fuzil, um ex-presidiário em 2008.
Segundo o MP-RJ, crime foi cometido porque os PMs acreditavam que o ex-presidiário Júlio César Andrade Roberto tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Os suspeitos são acusados de homicídio duplamente qualificado, constrangimento ilegal e violação de domicílio.
Segundo a promotora Júlia Costa Silva Jardim as testemunhas do caso manifestaram medo dos acusados, tornando necessária a prisão dos PMs para o andamento das investigações do inquérito. Além de Barros, também foram acusados Alexandro Claudomiro de Lima, Carlos Gouveia da Silva e Jaílson Henrique de Lima.
“Elas (as testemunhas) relatam que familiares de Júlio Cesar foram agredidos pouco depois do homicídio e foram impedidos de prestar socorro à vítima. Há vários relatos que informam que os acusados invadiram a residência da mãe da vítima em data posterior, sem a sua autorização e sem qualquer mandado judicial autorizando a diligência, e intimidaram vizinhos”, disse a promotora.
Na terça-feira, também foi requisitado à Justiça a decretação da prisão temporária por 30 dias de Barros, do PM Rubens da Silva e dos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares. Os quatro policiais militares estavam envolvidos na operação que resultou na morte do menino Juan. O pedido foi entregue no início da noite ao juiz Márcio Alexandre Pacheco Silva. Os PMs são suspeitos de homicídio e ocultação de cadáver.
O menino Juan Moraes desapareceu no dia 20 de junho após troca de tiros entre policiais e traficantes na favela, localizada na Baixada Fluminense. Após buscas no local onde a criança foi vista pela última vez, os peritos encontraram uma ossada, que primeiro foi dita ser de uma menina, mas que, alguns dias depois, foi identificada como sendo de Juan.
Fonte: Terra
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