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Agenda Cultural - Notícias - Saúde e Bem-estar - 10 de julho de 2013

Novo estudo apresenta resultados promissores para mulheres com mais de 35 anos com dificuldade para engravidar

gravidaDurante a próxima edição do congresso anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), que ocorre de 7 a 10 de julho em Londres, será apresentado um estudo clínico inédito sobre o uso da alfacorifolitropina no tratamento da infertilidade. Os resultados comprovam a segurança e a eficácia do medicamento na indução da estimulação ovariana – primeira etapa da terapia de reprodução assistida – em mulheres acima de 35 anos que algumas vezes possuem menores taxas de resposta ao tratamento de infertilidade.

A capacidade reprodutiva da mulher começa a ser reduzida a partir dos 30 anos de idade e, particularmente, logo depois dos 35 anos. Geralmente, a capacidade reprodutiva cessa de 5 a 10 anos antes da menopausa1. Aos 30 anos, uma mulher saudável tem 20% de chances de engravidar em cada ciclo. Aos 40 anos, essas possibilidades são diminuídas para menos de 5%1. Daí a importância da assistência a essa faixa etária que recorre à terapia dentro das técnicas de reprodução assistida – TRA.

 

Comercialmente conhecido como Elonva, o medicamento, que acaba de ser lançado no mercado brasileiro, é a mais importante inovação no segmento de reprodução assistida dos últimos 15 anos. A alfacorifolitropina substitui as sete injeções diárias2 indutoras da ovulação por apenas uma, oferecendo muito mais comodidade à paciente.

A terapia padrão, além do incômodo das picadas, exige o cumprimento de uma agenda precisa para a administração e o uso correto do medicamento, o que é apontado como uma das principais causas do abandono das tentativas de engravidar por reprodução assistida2.

Ao contornar algumas situações que podem colocar em risco o resultado da terapia, como os erros na aplicação das injeções diárias, o novo produto pode reduzir o estresse associado ao procedimento3.

Resultados promissores

No estudo, a alfacorifolitropina foi comparada aos medicamentos usualmente indicados para a estimulação ovariana. Ao todo, 1.390 mulheres de 35 a 42 anos de idade, que possuem menores taxas de resposta ao tratamento da infertilidade, participaram da pesquisa que demonstrou a não inferioridade de uma única injeção no estimulo à produção de óvulos em comparação com as sete injeções diárias. Os parâmetros avaliados foram o número de oócitos (óvulos) recuperados e a taxa de gravidez.

Segundo os resultados, a taxa de gravidez entre as 694 mulheres que receberam uma única injeção de alfacorifolitropina foi semelhante à das 696 pacientes tratadas com as injeções diárias de FSH e o número médio de óvulos também foi equiparável4.

A segurança, outro item comparado no estudo, foi também semelhante, tanto na porcentagem de incidência de reações adversas (0,4 para alfacorifolitropina contra 2,6% para o tratamento padrão), como na incidência da síndrome de hiperestimulação ovariana (0,7% contra 1,4%)4.

 

Infertilidade de A a Z

 

  • A infertilidade é uma doença do sistema reprodutivo definida pela      falha em engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares sem      proteção5.
  • Cerca 84% dos casais concebem dentro de um ano após o início das relações      sexuais regulares sem contracepção. É aconselhado que aqueles que não obtiverem sucesso ao final desse período submetam-se à      investigação clínica sobre infertilidade6.
  • Mulheres com idade superior a 35      anos devem procurar avaliação      médica antes mesmo do término de um      ano7.
  • Estima-se que um entre três casais apresente      problemas de infertilidade quando a mulher tem mais de 35 anos de idade8.
  • Há causas variadas para a infertilidade, incluindo      deficiência na produção de óvulos ou de espermatozoides e anomalias      genéticas ou congênitas, tanto na mulher como no homem8.
  • A infertilidade também está associada à idade e a certos fatores de      risco, como tabagismo, obesidade e estresse9.
  • Sabe-se que de 20% a 30% dos casos de infertilidade estão      relacionados ao parceiro, entre 20% a 35% são associados à mulher, de 25%      a 40% das ocorrências apresentam-se como um problema de ambos e, em 10% a      20% dos episódios, nenhuma causa é encontrada10.
  • Existem vários tipos de tratamento disponíveis para infertilidade:      cirurgia, terapia com medicamentos, indução da ovulação e inseminação,      entre outros6.

 

Terapia de reprodução assistida

A estimulação controlada dos ovários é a primeira etapa na maioria dos programas de reprodução assistida para fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Confira o passo a passo da terapia:

 

  1. Diagnóstico correto da infertilidade e avaliação da necessidade de terapia de reprodução assistida.
  2. Os ovários são estimulados para induzir o desenvolvimento de vários óvulos.
  3. Indução do amadurecimento dos óvulos para coleta.
  4. Recuperação (coleta) dos óvulos por via vaginal e preparação dos espermatozoides.
  5. Fertilização no laboratório.
  6. Transferência do embrião ao útero.
  7. Constatação e desenvolvimento da gravidez.
  8. Nascimento do bebê.

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