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Cidadania - Notícias - Nova Iguaçu - 13 de agosto de 2012

Prefeitura de Nova Iguaçu vai inaugurar Centro de Referência para População de Rua

A Prefeitura de Nova Iguaçu está desenvolvendo, desde junho, uma série de ações para conhecer e amenizar as necessidades de quem mora na rua. Uma vez por semana, agentes da Secretaria de Assistência Social (Semaspv) percorrem o município buscando identificar e auxiliar a população desabrigada. A abordagem é sempre à noite, acompanhada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos. As informações coletadas servirão como base para a formação do  banco de dados  do Centro de Referência para a População de Rua (CentroPop) que será inaugurado em breve.

A abordagem já começa a surtir efeito. Em dois meses, os agentes cadastraram cerca de 30 pessoas. O objetivo é, além de identificar esta parcela da população, promover dignidade e cidadania para estes moradores, através de encaminhamento para retirada de documentos e direcionamento, caso solicitado, para abrigos. “Queremos identificar os moradores de rua para ajudar a reintegrá-los na sociedade, reintegrá-los em suas famílias, e quando preciso,  ajudá-los a tirar a documentação, ou achar abrigo”, disse o coordenador da Proteção Especial, João Gonçalves.

Na ação realizada na noite da última quarta-feira, dia 08 de agosto, o grupo percorreu a Praça da Liberdade, a Travessa Rosinda Martins, e o entorno da Praça Rui Barbosa. A primeira moradora encontrada, C.N., de 48 anos, se preparava para dormir sob uma marquise. Depois de abordá-la, a equipe descobriu que ela havia sofrido agressões. Imediatamente, o grupo entrou em contato com a Samu para atendê-la.

Na Praça Rui Barbosa, o menor G.B, de 17 anos, foi quem procurou os agentes. Ele contou que foi morar na rua depois que perdeu os pais, onde já está há um ano.  “Quero mudar, ir para um abrigo. Ninguém quer ficar todo sujo do jeito que estou”, lamentou.

Os profissionais da Semaspv encaminharam o rapaz para a Casa do Menor São Miguel Arcanjo, em Miguel Couto.

Obstáculos

Um dos obstáculos enfrentados pela Secretaria de Assistência para a elaboração do banco de dados é a flutuação desta população, que não permanece durante muito tempo no mesmo lugar. Outro empecilho é a falta de confiança. Muitos moradores só aceitam a presença dos agentes depois do segundo encontro.  “É como água batendo na pedra. A equipe persiste, vai um dia, vai dois e depois os próprios moradores acabam nos procurando”, explicou a assistente social, Michelle Brandão.

Centro POP

A falta de banho, de abrigo e de alimentos, são apenas alguns dos problemas enfrentados por quem mora na rua. Para auxiliar os moradores  de rua nesta e em outras questões, a Prefeitura inaugurará até o próximo mês o Centro de Referência para a População de Rua ( CentroPop).

No local, os beneficiados poderão fazer as refeições, tomar banho e ser assistidos por profissionais como psicólogos, assistentes sociais e educadores.  A ideia é que a sede funcione como uma casa durante o dia para estas pessoas, oferecendo um endereço para esta parcela da população.

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