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Queimados - 8 de julho de 2014

Hospital Estadual de Cardiologia será construído em Queimados

Maquete do Hospital
Maquete do Hospital

Depois de 24 anos de espera, muitas promessas e vidas perdidas, a construção do Hospital Geral de Queimados está próxima de começar a se tornar realidade. Isso porque a União e o Governo do Estado lançaram na última segunda-feira, 30, os editais de licitação para a construção do Hospital Estadual de Cardiologia, que atenderá cerca de três milhões de pessoas da Região Metropolitana. O prédio será erguido em seis pavimentos em um terreno desapropriado pela Prefeitura no Bairro Vila Pacaembu.

 

A unidade vai contar com 108 leitos de internação, 39 leitos de UTI, sete salas cirúrgicas, 56 enfermarias, salas de ecocardiograma, ultrassom, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear e consultórios de fisioterapia. O investimento da obra será de R$ 61,3 milhões e o prazo de conclusão é de 450 dias, a contar do início.

 

De acordo com o prefeito de Queimados, Max Lemos, a licitação ocorrerá no dia 04 de agosto, às 15h, na Rua do México, nº 125 – 8º andar/ RJ. “Depois de muitos anos de espera e principalmente após muita luta é uma alegria muito grande abrir o Diário Oficial do Estado e ver que foi publicado o edital de licitação do Hospital. Vamos torcer para que dê tudo certo e se inicie a obra deste hospital que vai levar saúde não apenas a Queimados, mas a todos os municípios vizinhos. Firmamos parcerias para que o projeto fosse concluído de uma vez só, acabando com a obra por etapas. Quero finalizar minha gestão realizando este sonho que perdura há anos”, frisou Max.

 

Novela que se arrasta há anos

Esqueleto da construção antiga
Esqueleto da construção antiga

 

A construção do Hospital Geral de Queimados é uma novela que se arrasta há mais de duas décadas. As obras começaram em 1990 e foram paralisadas sob suspeita de superfaturamento, irregularidades e descaso. Com previsão de 276 leitos, a expectativa inicial era de 600 mil atendimentos e 25 mil internações por ano para pacientes de 11 cidades da Baixada.  Desafogaria o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Depois de três anos e muitos escândalos envolvendo corrupção e malversação de recursos e com apenas um esqueleto de concreto levantado, as obras foram paralisadas durante os dois mandatos seguintes.

 

Em junho de 2007, o presidente Lula esteve no município e assinou com as prefeituras da região o convênio responsável pela liberação de R$ 17,3 milhões para a construção do hospital, reforço e construção de novos postos de atendimento básico na Baixada Fluminense. Ao Cisbaf, cabia receber a verba e a repassar para o município.  Apesar do compromisso firmado pelo presidente, a obra demorou ainda quase um ano para ser iniciada porque havia uma pendência judicial com o proprietário do terreno que impedia o início das intervenções.

 

Somente em junho de 2008, depois de o Governo do Estado intervir para desembaraçar essas questões jurídicas, é que finalmente a obra foi retomada – mas por pouco tempo. No decorrer da obra, como é comum acontecer, o projeto o original precisou ser modificado, o que acabou esbarrando na burocracia do Ministério da Saúde, o que fez com que, em outubro, o Cisbaf parasse de fazer o repasse das verbas, paralisando novamente as obras.

 

Em dezembro de 2010, foi inaugurado pela atual gestão o Centro Especializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes (CETHID), que tem capacidade de atender 1,3 mil pessoas por dia e é referência em toda Baixada Fluminense. Em 2013, o “esqueleto” foi demolido. A Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio) concluiu que seria mais econômico demolir que aproveitar a estrutura que estava em ruínas e que havia sido condenada em laudo técnico. Foi firmado ainda um convênio entre a União e o Governo do Estado para o repasse de verbas para, enfim, o início das obras.

 

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